Busca da classe média pela casa própria mantém o setor aquecido

By Macodesc | Initial | Posted at 08:12
Confira a matéria publicada no caderno especial do jornal Gazeta Catarinense


No mês de novembro foi publicado o especial Caderno da Construção Civil, editado pelo jornal Gazeta Catarinense.

Entre as várias matérias publicadas, esteve em foco a matéria sobre as perspectivas do mercado imobiliário regional. E, entre os entrevistados para a edição desta matéria estava o Diretor da MACODESC, Sr. Paulo César Stürmer, confira abaixo o texto na íntegra:


Busca da classe média pela casa própria mantém setor aquecido

 

Setor imobiliário passa por bons momentos na região Extremo Oeste Catarinense. Diante desse contexto, empresários do setor comentam sobre assunto e apontam as perspectivas para o futuro deste mercado promissor.

 

Na região Extremo Oeste catarinense o setor imobiliário passa por bons momentos, e São Miguel do Oeste é um dos municípios que mais se destaca no ramo. As unidades voltadas para classe média e média alta, entre R$ 120 a R$ 500 mil, já tomam forma no centro e em diversos bairros da cidade. Não é difícil caminhar pelas ruas e se deparar, quase que em cada esquina, com um edifício ou casa em construção. O fato é que, o mercado está aquecido e, segundo os empresários envolvidos com o setor, deve se manter assim por um bom tempo, isto significa que, apostar em imóveis, ainda continua sendo um investimento seguro e rentável.

A pergunta é: a que se deve essa expansão? Para o empresário do setor imobiliário, e Engenheiro Civil, Paulo César Stürmer, esse crescimento do setor da construção civil se deve a demanda necessária que existe em todo o país. “O Brasil também possui um déficit muito grande de moradias para sanar o problema habitacional no país. Em função disso com o auxílio do governo federal e dos programas de financiamento propostos houve um crescimento alto e também o ganho da população em geral nesses últimos anos fez com que investisse em algo seguro e a construção civil com certeza é um dos investimentos mais seguros que fizeram e sempre continuará sendo”, destaca.

E a comprovação desse crescimento está nos números. Conforme o Engenheiro Civil Astor Kist, há algum tempo, já se comentava que no Brasil, havia um déficit de oito milhões de moradias. “Porém na medida em que se constrói um milhão de moradias, se cria uma nova demanda de mais um milhão, pois novas pessoas vão entrando no mercado, então nosso déficit habitacional de certeza é maior que oito milhões de moradias. Por isso temos um bom tempo de trabalho para zerar esse déficit, e como o governo está apostando na construção, incentivando por meio do financiamento Minha Casa Minha Vida e também financiamentos com outras modalidades, e enquanto existir financiamentos para construção, o setor vai permanecer aquecido”, projeta.

Stürmer reforça e ressalta que o crescimento de toda a região, além do sucesso da venda de empreendimentos imobiliários também garante esse futuro promissor. “Nossa empresa já lançou diversos prédios na região e em São Miguel do Oeste e não tivemos dificuldade em comercializa-los”, frisa.

De acordo com o responsável pelo setor de emissão de alvarás da prefeitura de São Miguel do Oeste, Jeferson Dias, de janeiro a setembro de 2011, já foram emitidos mais de 700 alvarás e habite-se no município.

 

PLANEJAMENTO

Para o Engenheiro Civil Victorio Bolfe, outro fator que está favorecendo o crescimento deste setor é o fato de que os munícipios começaram a planejar um crescimento ordenado das cidades com o desenvolvimento de Planos Diretores e de Saneamento Básico. Em São Miguel do Oeste, por exemplo, a possibilidade que o novo Plano Diretor trará de expandir e explorar outras áreas do município é um fator preponderante para a construção de novos empreendimentos imobiliários. “Uma situação que os tínhamos e agora pode estar favorecendo é o preço dos terrenos que pode estar reduzindo, quando entrar em vigor o novo plano diretor e o mercado se adequar ao novo plano pode baixar o valor dos imóveis, no meu conceito, por duas razões, vai se ampliar o perímetro urbano, então tem áreas boas planas e vai haver mais oferta de terrenos com menor custo de loteamento, isso certamente vai reduzir o valor para lotes populares, e para as incorporadoras também”, salienta.

 

PERSPECTIVAS FUTURAS

Diante desse contexto, quando se fala em projeções futuras, as respostas são unânimes. Todos estão otimistas e apostam do crescimento e desenvolvimento econômico e habitacional do Extremo Oeste, em especial São Miguel do Oeste como município pólo dessa região. “São Miguel do Oeste é um polo, tem um novo plano diretor, cada vez vem gente mais competente trabalhando nesse setor. Se formos comparar  só o que temos de órgãos públicos regionais, todos estão em são Miguel do Oeste, não perdemos hoje em nível de entidades para Chapecó, temos praticamente tudo o que tem Chapecó em uma cidade bem menor. Acho que São Miguel tem tudo para chegar onde ela está querendo chegar, e as pessoas que aqui vem querem a ver crescer. Nós temos o exemplo de clientes, temos a pesquisa de satisfação tanto pelo serviço prestado quanto pelo valor investido pela especulação financeira, e posso garantir que os retornos são fantásticos para quem investiu e quem está investindo”, ressalta Stürmer.

Um dos diferenciais do setor, para Kist, é a qualidade dos serviços entregues no setor da construção civil, e que garante a expansão ordenada das cidades. “O setor está bem aquecido, evoluído, e se formos ver a qualidade de nossas obras aqui estão muito além da qualidade de obras em outros locais, e por isso que as pessoas que saem daqui acabam voltando ou acreditam que vale a pena investir na aquisição de um imóvel aqui”, acredita.

E se o mercado promete se mantiver aquecido para as construtoras e incorporadoras, o mesmo resultado é garantido para quem quer comprar, vender ou alugar um imóvel. Como defende o profissional do setor Tiago Pinto.  “O setor imobiliário é o termômetro de como esta o Brasil, se está faltando emprego em o governo vai lá e mexe na construção civil. Isso começa girar tudo, mais aluguel, mais venda e assim por diante. Por isso eu não acredito que vai despencar, a compra venda e locação de imóveis. Esse setor é igual comprar comida, carro, todos querem ter seu imóvel próprio. E para investir o melhor investimento continua sendo o imóvel, por que ele tem a rentabilidade do aluguel, da correção, por mais que ele de uma depreciada está sempre sendo corrigido, e a questão de fatores externos, como quando você compra um imóvel que ao lado dele será construído um empreendimento ao lado ele dobra ou triplica de valor”, exemplifica.


Construtoras apostam no nicho de apartamentos pequenos

A grande demanda por apartamentos de um ou até dois quartos, em condomínios que oferecem serviços agregados e área de lazer, tem provocado a valorização desses imóveis e levado construtoras a apostarem nesse nicho de mercado no Extremo Oeste catarinense. Apartamentos entre R$120 a R$200 mil reais, considerados de classe média, a cada dia que passa ganha o gosto da população.

Para os profissionais do setor, o fenômeno é impulsionado pela expansão do crédito imobiliário, que tem feito com que jovens de 25 a 35 anos consigam realizar, cada vez mais cedo, o sonho de comprar a casa própria. “O Brasil é um pais de oportunidades, hoje se consegue se formar em diversas profissões nas mais diversas áreas a pessoas se formam e no máximo seis anos a 10 anos já conseguem ter a casa própria, a partir daí ele já estão pensando em ter uma casa na praia, no campo, em ter um segundo imóvel para investimento”, reforça o empresário e Engenheiro Civil, Paulo César Stürmer.

Para o presidente do Sinduscon, Ivo Bortolossi, os brasileiros estão cada vez mais procurando independência, além de trabalho e renda eles querem também morar sozinhos e quanto mais cedo sair de casa melhor. “A região do Extremo Oeste está se vendo apartamentos de dois dormitórios é o que mais estão procurando. Eu percebo que para o futuro, os apartamentos terão que ter duas vagas de garagem e serão mais compactos. A tendência é compactar para reduzir custos”, estima.

Segundo o Engenheiro Civil Victório Bolfe, o crédito facilitado também permitiu que muitas pessoas conseguissem adquirir o primeiro imóvel. O aumento da renda e a expansão do emprego no país também foram fundamentais para o crescimento do mercado imobiliário como um todo. Ele destaca que embora haja muita especulação sobre uma possível saturação do mercado imobiliário, no que tange a venda de apartamentos, acredita que e nova demanda manterá o mercado aquecido. “Com tantas edificações sendo construídas em São Miguel do Oeste, as pessoas perguntam, mas vai ter gente para morar? O fato é que embora a população tenha aumentado, um novo panorama está se formando: as famílias estão se dividindo. Por exemplo, em uma família formada por um casal e dois filhos, ocorre de o casal se separar, e cada um  quer ter a sua moradia, os filhos crescem, saem de casa, precisam de outra moradia, e assim, uma família que antes  ocupava uma casa, acaba precisando de quatro unidades. Isso elas vão buscar no mercado”, aponta.

O Engenheiro assinala que  a tendência é que as construções estão sendo projetadas para receber o máximo duas pessoas. “A demanda principal do que surgiu nos últimos tempos foi essa: famílias menores, onde moravam quatro pessoas numa casa hoje moram só duas. Teve procura e o mercado está se preparando pra isso”, projeta.

 

FONTE: Gazeta Catarinense - Especial Construção Civil, 11 de novembro 2011.

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